Religião
Numa ação inédita, muçulmanos pediram desculpas aos cristãos por ataque à igreja. Os islâmicos da aldeia de Gowindh, no Paquistão, lamentaram o fato de terem “ferido os sentimentos religiosos” ao atacar o templo da Nova Igreja Apostólica, que existe há 60 anos.
Nadeem Anthony, da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão
No último dia 10, extremistas islâmicos invadiram a Nova Igreja Apostólica e agrediu os cristãos que participavam de um culto evangélico, na aldeia de Gowindh, perto de Hadiyra, nos arredores de Lahore. Além da violência, os muçulmanos realizaram protestos contra o cristianismo se recusaram a vender qualquer produto aos cristãos durante três dias.
O supervisor da polícia local, Athar Rasool, organizou uma reunião pacífica entre os representantes das duas comunidades religiosas. Nesse dia, os muçulmanos pediram desculpas aos cristãos e assinaram um acordo de paz com o grupo.
Gowindh é uma aldeia na fronteira da Índia com o Paquistão, em Hadiyara, região de Lahore. Cerca de dez mil pessoas compõem a população da vila, sendo menos de 30 famílias cristãs. Em toda a aldeia, há oito mesquitas e uma igreja, construída antes da divisão entre a Índia e o Paquistão, em 1947. (HRCP, sigla em inglês), foi quem contar o fato à agência de notícias Asia News. Segundo ele, os muçulmanos estão arrependidos e reconheceram que o ataque foi desnecessário.
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